domingo, 17 de fevereiro de 2019 0 comentários

O Filho Da Pressão



Sobem os ventos…
Quando se cede à vontade;
Arde um fogo…
No momento da decisão;
À agitação no mar…
Enquanto é tempo de espera;
Chega mesmo a chover…
Ouve-se trovoada;
Ouve-se gente lá fora;
Como se não fosse nada;
Vê-se gente a correr desvairada;
Com a roupa colada ao corpo;
Observa-se passos, na berma do passeio;
Acompanhados de calma e felicidade;
Consta-se cabelos secos e respirações calmas;
Pensamentos chamam, reforços;
Para acalmar o vento…
Vem a sensatez de mão dada com a pressão;
A sensatez, caminha calmamente;
Descalça com um vestido pérola;
Arrastado pelo chão;
E trás uma venda nos olhos;
E a pressão, é um homem alto, apressado;
De fato cinzento, mal engomado;
Trás um trapo dentro da boca;
Por baixo, das mãos dados;
Vem um mais pequeno…
A decisão!
A decisão, é o mais feliz;
Tem um andar engraçado!
Pois é contagiada pela sensatez e a pressão;
Tem uma meia de cada cor;
Com um vestido rosa choque;
E cabelo curto;
Um olho fechado e outro aberto;
E com os pés vem a chutar;
Uma bola do tempo.





sábado, 16 de fevereiro de 2019 0 comentários

Amar Sem Padrão




Na anatomia do amor;
Não se prende;
Com flechas de antagónicos;
Ou gostos distintos;
A anatomia do amor;
Tem corpo suave;
Tem cheiro personalizado;
Não tem género;
É do jeito que se é!
É do toque do momento;
É da cor da paixão;
Tem olhares;
Tem sentimentos;
Tem flechas de cuidados;
Não tem tabus!
A anatomia do amor;
É arrogante ao tema;
Viver de preconceito…
Despreza leis de raças…
Adquire vivências diferentes;
Aniquila amizades;
De mente fechada…
Anatomia do amor;
São flechas do ato amar;
São espasmos de memórias antigas;
São descargas emocionais;
Descartadas por padrões pré-concebidos;
Em que num ontem;
Era hoje presente;
Em que “o” era “a”;
“Não te vou deixar de amar”;
Porque ontem ela era ele;
Hoje vi-o passar;
Os espasmos voltaram!
Na anatomia, quando há amor…
É um jogo de encaixe;
Uma folia de memórias;
Um toque de curiosidade;
E uma reacção diferente;
Bem-vinda a raça;
O sexo, a cor, e as discórdias;
No mundo em que quem quer viver;
Passa bem!

quinta-feira, 20 de setembro de 2018 0 comentários

A avareza



Sincronicidade vida vadia…
Distracção do passarito;
Inocência do cântico;
E avareza do velho;
Um distraído pelas sementes das árvores;
Caídas com o sopro do vento;
Outro levado pela astucia;
Distraído diante da cidade;
Empolgado na natureza…
Fatalidade do passarito cantante;
Vitória do velho…
Apanhou-o e levou-o;
Até á casa de rede;
Gaiola débil…
Os dias passavam;
Despidos e mudos;
O velho despercebido…
E avareza do pássaro;
Numa distracção
Deixou a porta a aberta!
Não sentiu diferença
Afinal era surdo.

domingo, 16 de setembro de 2018 0 comentários

A Inocência Não Se Molha



Inocência á parte;
Combatida pelo desgaste...
Quedas mal gastas;
Em oportunidades “chave”;
Mesmo de porta aberta;
Bate á porta…
O ritual manda a lei;
Os dela, encobertos;
Passam a correr...
Inocência activa;
Desvia-a e liberta a passagem;
Foi inverno naquela sala;
Todos os olhos;
Foram munidos de chuva...
Inocência cautelosa;
Num ano de verão;
Trouxe guarda-chuva;
E não se molhou…
Inocência perspicaz;
Fechou o guarda-chuva;
Meteu as mãos ao bolso;
Retirou a chave;
Abriu a porta, e entrou;
Quase que escorregou na possa;
Mas... Era verão!

sábado, 15 de setembro de 2018 0 comentários

Atraso Do Calculista




Repetir o que é certo…
Desgasta a oportunidade;
Esgota o conforto;
Enfraquece a euforia;
Repetir o certo…
Anula o exacto;
Desfaz o orgulho;
E atrasa o começo;
A palma da mão fechada;
Como que se aprisiona-se a vontade;
Os olhos abertos;
Como que se nada lhe escapa-se;
Peito espetado;
Como que cheio de uma vida inteira;
Suor surgia-lhe no pescoço;
Como que chuva que caí;
E uma fonte de palavras presas…
Numa respiração atrasada;
Repetir o certo…
Abranda a novidade;
E atrasa o calculista.

terça-feira, 4 de setembro de 2018 0 comentários

Gota Transparente




Transparência de uma vida…
Podiam pintar mares;
Cheios de rochas;
Com a força de um olhar;
Se desfaziam em areia…
E um rio calmo!
Gota de um ser…
Que se encontra por cair;
Quem é ainda anda a voar;
Gota oca…
Que viaja ao ritmo;
De um bailado;
Leve e calmo!
Gota transparente…
Transporta vida!
O ruido de um sorriso;
Escorregou por um arco-íris
E desfez-se a gota;
O ser acordou…
Espreguiçou-se em relva seca;
Caminhou até às areias;
De um mar calmo;
Com frio…
Cobriu-se de vergonha;
E deixou-se ficar…
Até a transparência;
De um olhar chegar!


terça-feira, 19 de junho de 2018 0 comentários

Não Se Apercebeu



Fica feliz…
Com a minha simpatia;
Sente-se um jardim…
Só porque me cheira a flores;
É o sol, da vida de alguém…
Só porque faz-me brilho no olhar;
É o risco certo…
Onde certezas, não há;
É a loucura mais engraçada…
No mundo dos sisudos;
É a estátua, mais bonita…
Num concurso de dança;
Cada passo que dá…
É a queda que não deu;
É feliz…
E ainda não se apercebeu!



 
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